O Centro de Pesquisa Mokiti Okada – CPMO, iniciou suas atividades como Centro de Fomento da Agricultura Natural Messiânica – CFANM, unidades de cultivos e produções experimentais de hortaliças, frutas, cereais e alguns animais de produção, baseados nos princípios da Agricultura Natural, modelo este preconizado por Mokiti Okada (Japão, 1882-1955).
A primeira unidade CFANM foi inaugurada em 1989 em uma área de 17 ha situada no município de Atibaia, SP, a qual já vinha sendo utilizada para pequenas produções de hortaliças naturais desde 1977. Posteriormente, outras unidades foram expandidas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal.
Em abril de 1990 foi inaugurada a unidade de Ipeúna, interior de SP, na Fazenda Serra Dourada, tornando-se a unidade central do CFANM e a única que possuía um laboratório e desenvolvia também projetos de pesquisas. Essas unidades ficaram conhecidas como Polos de Agricultura Natural.
Todas as unidades, bem como suas atividades, eram administradas por um departamento de Desenvolvimento da Agricultura Natural da Fundação Mokiti Okada – FMO (www.fmo.org.br), braço da Igreja Messiânica Mundial do Brasil para temas culturais, sociais, educacionais, agricultura, meio ambiente, saúde e alimentação natural.
Com o crescente volume de produtos resultantes dos cultivos experimentais pelos CFANMs, foi criado a primeira empresa do Grupo Korin, a Korin Alimentos, no ano de 1994. Essa empresa é controlada pela Korin Empreendimentos e Participações Ltda, cuja proprietária majoritária é a própria Igreja Messiânica Mundial do Brasil. A Korin Alimentos absorveu as atividades produtivas de todas as unidades e o escoamento de suas produções.
As atividades de pesquisas e estudos científicos até então conduzidas no CFANM Ipeúna permaneceram ligadas à FMO. Em 1996, a unidade foi renomeada como Centro de Pesquisa Mokiti Okada – CPMO. Agregando mais investimentos em sua estrutura de pesquisa, laboratórios e em mais pesquisadores, o CPMO se tornou um órgão exclusivamente dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento de estudos científicos nos temas agrícolas, animais de produção, ambientais e alimentares, baseados no modelo da Agricultura Natural de Mokiti Okada.
Ao longo desses 32 anos, o CPMO vem atuando com o objetivo de pesquisar, desenvolver e difundir tecnologias para uma agricultura sustentável, mais aderente às demandas mundiais por modelos de produção mais eficazes, de baixa emissão de GEE, almejando também oferecer soluções que promovam a prosperidade do campo e melhorem a saúde das pessoas e do planeta.
O CPMO sempre foi muito focado em estudos de manejos eficazes de produção agrícola, de animais de produção, tratamento de resíduos orgânicos sólidos e líquidos. Para tanto, pesquisou e desenvolveu diversas ferramentas que pudessem auxiliar na concretização dessa eficácia no campo. Trouxe do Japão as tecnologias microbianas para produção de bioinsumos, baseados em conhecimentos recentes e tradicionais, as quais foram amplamente estudadas e adaptadas às condições brasileiras, tornando-as 100% nacionais.
Mokiti Okada (1882-1955) foi um religioso, artista, filósofo e pensador japonês, que elaborou um extenso trabalho, abordando de forma visionária e claramente muito além do seu tempo, assuntos ligados à agricultura, política, economia, educação, moral, arte, medicina e religião.
Antevendo um caótico cenário decorrente das atitudes egoístas e materialistas do homem em relação à humanidade e ao meio ambiente, Mokiti Okada instituiu a Igreja Messiânica Mundial no Japão (1935) com o objetivo de proporcionar às pessoas meios de se buscar a felicidade praticando ações que as conduzissem à saúde espiritual e a verdadeira saúde corporal. Dentre essas práticas elencou a ingestão de alimentos produzidos de forma natural, baseado nos fenômenos e nas leis da grande Natureza.
Na agricultura preconizou um modelo bastante intrigante, baseado em uma visão bastante profunda, que envolve o cruzamento de elementos provenientes do Sol, da Lua e do interior do planeta Terra, e a interação desse cruzamento com a espiritualidade e o sentimento do homem, do solo, das plantas e de todos os seres animados e inanimados, existentes em um ecossistema agrícola. Mokiti Okada a denominou de Agricultura Natural, em uma tradução simples e unilateral, porém, no significado mais profundo carrega a mensagem de que se trata de uma tecnologia que foi desenvolvida pela própria Natureza ao longo de bilhões de anos e aplicada por ela em seus próprios “campos de cultivo”, os diversos biomas do planeta.
Pelo princípio exposto por Okada, toda essa interação ocorre na camada agricultável do solo. Assim, toda as ações de manejo e cuidados ao lavrar uma terra devem ser fortemente baseadas no respeito ao seu solo, à sua natureza e, aos princípios acima referidos.
Sob aspecto técnico e pragmático, a reação harmônica de todas as interações citadas, levam a uma governança natural para a modulação e efetividade de todas as propriedades funcionais de um bom solo: funcionalidades físico-hídricos, funcionalidades do equilíbrio químico e funcionalidades das interações biológicas.
Assim, todas as operações agrícolas, tais como fertilizantes, corretivos, produtos fitossanitários e manejo do carbono, devem ser selecionadas e adaptadas qualitativamente e quantitativamente com o critério de não intimidar essas funcionalidades, ao contrário, devendo-se estimulá-las.
Mokiti Okada posiciona a agricultura como uma das principais atividades humanas capazes de criar uma civilização harmônica e feliz. Seus trabalhos expressam preocupação na inclusão de consumidores e produtores rurais em cadeias de valor importantes para a sustentação do meio de vida rural, gerando prosperidade no campo, equilíbrio social nos centros urbanos e a saúde e bem-estar de ambos.
A Korin Agricultura e Meio Ambiente Ltda. foi instituída em 2018 com o objetivo de consolidar os processos industriais e comerciais das tecnologias de bioinsumos desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa Mokiti Okada – CPMO. É a mais nova empresa do Grupo Korin, controlada pela Korin Empreendimentos e Participações Ltda.
Por muitos anos essas tecnologias biológicas foram prioritariamente utilizadas nos campos de produção agrícolas e de animais, próprias e terceirizadas, das empresas do Grupo Korin. A partir da fundação desta nova empresa almejou-se compartilhar com os amigos agricultores tudo o que foi desenvolvido para uso próprio e com excelentes resultados. Atualmente já se ultrapassou os 600 mil hectares de áreas cultivadas utilizando essas tecnologias.
Atualmente, o CPMO é uma divisão da Korin Agricultura e Meio Ambiente que faz parte do EKOINOVA (Ecossistema Korin de Inovações). Esse ambiente de pesquisa e desenvolvimento responde e conduz todas as pesquisas, desenvolvimentos e inovações, relativos ao portfólio de bioinsumos da empresa. A sua estrutura é dotada de um time de pesquisadores, laboratórios de P&D e pesquisas aplicadas, campos experimentais e um leque de instituições públicas e privadas conveniadas para a constante inovação e aprimoramento dos produtos. Também, são conduzidos diversos estudos científicos para subsidiar o suporte técnico ao consumidor, na busca incansável pelos melhores resultados das tecnologias.